Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://higia.imip.org.br/handle/123456789/161
Registro completo de metadados
Campo DCValorIdioma
dc.contributor.authorMelo, Rosa Suenia da Camara-
dc.date.accessioned2019-07-30T16:59:29Z-
dc.date.available2019-07-30T16:59:29Z-
dc.date.issued2018-
dc.identifier.urihttp://higia.imip.org.br/handle/123456789/161-
dc.description.abstractINTRODUÇÃO: O peso ao nascer se estabelece como um importante marcador das condições intrauterinas em que a criança foi submetida durante o período gestacional, como também um fator individual de grande influência na saúde e sobrevivência a curto prazo de recém-nascidos, a médio prazo do desenvolvimento fisiológico e morbidade da criança e, a longo prazo, da saúde do adulto. Assim, as políticas de saúde devem intensificar medidas que promovam adequado ganho de peso intrauterino e nutrição pós-natal, estimulando primordialmente a prática de aleitamento materno, essencial para a saúde da criança, além de favorecer benefícios maternos, para a família e comunidade, principalmente em assentamentos precários, situação que se define nos "aglomerados urbanos subnormais” (favelas). OBJETIVO: Avaliar as práticas da amamentação segundo o peso ao nascer num aglomerado urbano subnormal. MÉTODOS: Estudo transversal, censitário, realizado a partir de banco de dados da pesquisa “Desenvolvimento infantil em um aglomerado urbano subnormal do Recife, PE”, realizado na “Favela dos Coelhos” cuja coleta de dados ocorreu no período de julho a outubro de 2015. O estudo original avaliou todas as 310 crianças de 0 a 36 meses, cadastradas nas duas Unidades Básicas de Saúde da localidade. A classificação do peso ao nascer fez-se de acordo com os critérios da OMS que considera baixo peso ao nascer (BPN) quando o peso ao nascimento for inferior a 2.500g, peso insuficiente quando maior ou igual a 2.500g e inferior a 3.000g e peso adequado quando maior ou igual a 3.000g. Para esta pesquisa, como desfecho foi estudado o baixo peso ao nascer agregado ao peso insuficiente, ou seja características que discriminam crianças com peso ao nascimento < 3.000g em relação às crianças com peso ao nascimento > 3.000g. As categorias da amamentação foram consideradas: aleitamento materno (AM), aleitamento materno exclusivo (AME), e nunca mamou. As informações de interesse foram separadas em novo banco de dados, compondo um arquivo ad hoc. As características da amostra, bem como as categorias do aleitamento materno foram expressas em números e porcentagens. Utilizou-se o Teste Exato de Fischer para analisar associações bivariadas dos fatores condicionantes para o grupo de peso insuficiente ao nascer, assim como para comparação das práticas do aleitamento materno segundo as categorias do peso ao nascer, sendo considerado para fins estatísticos o nível de significância < 5%. A pesquisa original atendeu aos requisitos éticos contidos na Resolução 466/12, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) com parecer favorável da CAEE nº 44508215.7.0000.5201. RESULTADOS: Entre os estratos de peso estudados, de uma amostra total de 294 crianças, 105 (35,7%) pertenciam ao grupo de peso insuficiente ao nascer, e 189 (64,3%) ao grupo de peso adequado. De acordo com a análise estatística descritiva realizada entre as variáveis sociodemográficas, antecedentes obstétricos maternos, biológicas das crianças e realacionadas ao aleitamento materno, as que obtiveram valor ”p” de significância estatística como desfecho para o peso adequado ao nascer foram: idade materna entre 20 e 35 anos (p=0,019); ter alguma atividade laboral (p = 0,011); número de consultas pré natal ≥ 6 (p = 0,022); e o contato pele a pele ( p= 0,012) como fatores de proteção, e o hábito de fumar (p= 0,012), e a prematuridade (p= 0,000) como fatores de risco. Por fim, quando determinadas as prevalências de aleitamento materno entre os estratos de peso estudados, obteve-se percentagens de AME ≥ 6 meses (67,6%); AM ≥ 6 meses (32,8%); e nunca mamou (6,9%) para o grupo de peso insuficiente ao nascer. No grupo de peso adequado estes percentuais foram 67,1%; 34%; e 3,4% respectivamente, com o percentual de casos que nunca mamaram sendo maior na categoria de peso insuficiente, revelando-se estatisticamente significativo (p=0,033). CONCLUSÃO: Neste estudo, as prevalências das práticas do aleitamento materno (AME e AM), em relação aos grupos de peso ao nascer foram homogêneas, sendo estas maiores do que as do cenário brasileiro; já o percentual das crianças que nunca mamaram no grupo de peso insuficiente mostrou-se mais elevado. Pode-se atribuir a alta prevalência nas práticas de aleitamento materno à assistência pré natal prestada à amostra; enquanto o maior percentual das que nunca mamaram entre o peso insuficiente, pode ser atribuído a alta frequência de Desmame precoce entre mães de neonatos prematuros e de BPN. Com relação a comparação entre as características da amostra e o peso ao nascer, foi beneficiado o grupo de peso adequado, onde o número de consultas pré natal, idade e trabalho materno; e o contato pele a pele evidenciaram-se como fatores de proteção; enquanto a prematuridade e o fumo na gestação como fatores de risco, concluindo que apesar dos fatores envolvidos na determinação do peso ao nascer estarem em consenso com a literatura, o modo como vão se desenvolver pode diferenciar-se em cada cenário pesquisado. Dessa forma, é essencial que o interesse pela nutrição pós natal permaneça e que mais fatores individuais ou contextuais possam ser explorados em mais e maiores pesquisas.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectAleitamento maternopt_BR
dc.subjectAtenção primária à saúdept_BR
dc.subjectPeso ao nascerpt_BR
dc.titleAleitamento materno segundo o peso ao nascer num aglomerado urbano subnormal (favela) do nordeste brasileiro.pt_BR
dc.higia.programMestrado em Saúde Integralpt_BR
dc.higia.tipoDissertaçãopt_BR
dc.higia.pages101 f.pt_BR
dc.higia.orientadorBritto, Murilo Carlos Amorim de-
dc.higia.areaMétodos e técnicas de diagnóstico e tratamentopt_BR
dc.higia.pesqEpidemiologia dos problemas do crescimento, alimentação e nutriçãopt_BR
Aparece nas coleções:­Mestrado em Saúde Integral

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
NO PRELO.pdf23.28 kBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.