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dc.contributor.authorGomes, Neciula de Paula Carneiro Porto-
dc.date.accessioned2019-10-14T16:03:45Z-
dc.date.available2019-10-14T16:03:45Z-
dc.date.issued2015-
dc.identifier.urihttp://higia.imip.org.br/handle/123456789/305-
dc.description.abstractINTRODUÇÃO: A asma é considerada um problema de saúde pública no Brasil que diminui a qualidade de vida dos portadores e gera elevados custos socioeconômicos para a sociedade. Os estudos brasileiros de prevalência da asma restringem-se a escolares e populações de centros de saúde. O maior desafio desta doença é a falta de controle das crises, que corresponde à maior utilização dos serviços de saúde e, consequentemente, mais gastos para o SUS, serviços privados e famílias. À luz da medicina baseada em evidências, a principal medida terapêutica para o controle da asma é o corticoide inalado, de uso prolongado que, além de seguro, é também custo-efetivo, promovendo redução da taxa de hospitalização, de consultas de urgência e da mortalidade, dentre outros. A implantação de programas locais para controle da asma no Brasil tem demonstrado importante redução das hospitalizações devido o manejo adequado da doença com acesso gratuito à medicação. São esacassos os estudos de custos e consequências de programas de controle de asma no Brasil em nível comunitário. OBJETIVOS: Determinar a prevalência de asma em crianças e adolescentes de uma comunidade de baixa renda do Recife; estimar os custos diretos e indiretos do tratamento da asma para USF e famílias e avaliar os custos e consequências de um programa para controle de asma de crianças e adolescentes de comunidade coberta pela Estratégia Saúde da Família (ESF), referenciadas para ambulatório de média/alta complexidade do Recife. MÉTODOS: Para cada objetivo específico da tese foi delineado um estudo: Estudo 1: Estudo transversal utilizando o questionário International Study of Asthma and Alergies in Childhood (ISAAC). Das 1.080 crianças e adolescentes residentes na comunidade, 1.072 foram incluídas na pesquisa. Estudo 2: Estudo de custo, retrospectivo, realizado na comunidade adscrita à USF, no ano de 2013. Analisou-se o custo do tratamento da asma segundo as Diretrizes Metodológicas dos Estudos de Avaliação Econômica de Tecnologias em Saúde do Ministério da Saúde, numa amostra de 66 crianças com idade de 2 a 14 anos que referiam sintomas de asma por meio do questionário ISAAC. Os valores monetários foram fornecidos pela Prefeitura da Cidade do Recife. Estudo 3: Ensaio comunitário com 19 menores entre 2 e 14 anos com asma persistente, no período de 2013 a 2014, sendo o ano anterior à intervenção considerado controle dos próprios participantes. A intervenção iniciou-se com busca ativa na comunidade e organização do fluxo de atendimento da USF ao ambulatório, sendo fornecidas medicação e transporte durante um ano. Adotou-se o método BASICC, na perspectiva social, horizonte temporal de um ano e sem taxa de desconto padrão. RESULTADOS: Estudo 1: 325 menores relataram sibilância nos últimos 12 meses (30,3% - IC 95% 31,9-37,6), concentrados na faixa etária de 2 a 5 anos. A prevalência cumulativa de asma diagnosticada foi de 23,6% (IC 95% 21,1-26,0), de sibilância anual ≥ 4 crises de 8,2% (IC 95% 6,6-9,8), de sibilância com prejuízo do sono ≥ 1 vez por semana de 13,3% (IC 95% 11,3-15,3) e de tosse noturna anual de 40,6% (IC 95% 37,7- 43,5). Não houve associação entre a prevalência de sibilância anual com a renda familiar ou escolaridade do responsável, no entanto a prevalência teve associação com o sexo. Estudo 2: Os custos diretos anuais referentes à família ficaram restritos ao meio de transporte e à aquisição de medicação, que computaram R$ 128,45, e R$ 74,98 dos custos indiretos por dias de trabalho perdidos. Para o sistema de saúde, os custos diretos anuais foram R$ 83.610,00 relacionados a consultas médicas e visitas dos agentes comunitários de saúde, ademais, os custos indiretos foram R$ 148.533,20. Estudo 3: Dos 19 participantes, 74% do sexo masculino com média de idade de 7,6  3,58 anos. A mediana da renda per capita mensal foi R$ 173,15 (mínimo R$ 34,00/ máximo R$ 486,67) e 68,4% (n=13) dos responsáveis estudaram até o ensino fundamental. Quanto à gravidade, 68,4% (n=13) apresentaram asma persistente leve e 31,6% (n=6) moderada. Dentre os 19 admitidos, apenas dois concluíram o ensaio. As medidas de efeito tiveram redução de 96% das crises, 93% de visitas às urgências, 97% de dias perdidos na escola e 83% de dias de trabalho. O custo total do programa para asma foi de R$ 819,99 por paciente. CONCLUSÕES: Estudo 1: A prevalência de sintomas de asma foi elevada em comunidade de baixa renda do Recife, especialmente entre os pré-escolares. Estudo 2: Os custos totais do tratamento da asma na USF foram menores que os custos do tratamento ambulatorial. Para as famílias, os custos diretos foram maiores que os custos indiretos, e custo total representou 30% do salário mínimo. Estudo 3: Não foi possível realizar uma avaliação de custo-efetividade, mas a magnitude das medidas de efeito observadas sinalizam que o programa poderia ser efetivo, se os objetivos propostos fossem alcançados para todos que iniciaram a intervenção. O insucesso deste programa em condições “reais” da prática assistencial em saúde sugere que a implantação do programa em comunidade de baixa renda seja realizada no território da ESF para garantir um acompanhamento efetivo, uma vez que a asma é uma condição sensível às ações de atenção primária em saúde.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectSaúde da Criançapt_BR
dc.subjectEstratégia de Saúde da famíliapt_BR
dc.subjectAtenção primáriapt_BR
dc.titleEnsaio comunitário sobre custos e consequências de um programa de controle de asma persistente para crianças e adolescentespt_BR
dc.higia.programDoutorado em Saúde Integralpt_BR
dc.higia.tipoTesept_BR
dc.higia.pages157 fpt_BR
dc.higia.orientadorBritto, Murilo Carlos Amorim de-
dc.higia.areaMétodos e técnicas de diagnóstico e tratamentopt_BR
dc.higia.pesqDoença respiratória na criança e no adolescentept_BR
Aparece nas coleções:Doutorado em Saúde Integral

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