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dc.contributor.authorCorrea, Maria Suely Medeiros-
dc.date.accessioned2019-10-14T16:06:17Z-
dc.date.available2019-10-14T16:06:17Z-
dc.date.issued2015-
dc.identifier.urihttp://higia.imip.org.br/handle/123456789/306-
dc.description.abstractIntrodução: a mulher vivencia profundas transformações no puerpério e está exposta a maior frequência de agravos que podem ser causas específicas de morbimortalidade materna, tornando essencial integrar as dimensões técnicas e relacionais do cuidado à saúde. A revisão sistemática da literatura, na metassíntese da percepção do cuidado puerperal por puérperas e profissionais de saúde, constatou que os estudos priorizavam a ocorrência de enfermidades e complicações no pós-parto imediato, com escassa consideração da subjetividade dos envolvidos. Objetivo: compreender a percepção e as práticas de mulheres e de equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) relacionadas ao cuidado à mulher no puerpério. Método: pesquisa qualitativa baseada em Gadamer, desenvolvida em equipe do Distrito Sanitário VI, em Recife, de outubro de 2012 a setembro de 2013, realizando observação participante e entrevista semiestruturada. Selecionou-se intencionalmente equipe com desempenho típico na assistência gravídico-puerperal, que a unidade não estivesse sendo reformada e a violência pública não restringia mobilidade na área. Adotou-se estratégia de coleta por exaustão, incluindo-se sete profissionais (enfermeira, médico e cinco agentes comunitários de saúde - ACS) e 10 mulheres no último trimestre da gestação, com idade acima de 18 anos que realizaram consultas de pré-natal com equipe na unidade. Observaram-se situações relacionadas ao cuidado puerperal: organização da demanda, visita domiciliar (VD) e consulta, procedendo-se registro no diário de campo. Para finalizar observação considerou-se reincidência e complementaridade das informações. As mulheres foram entrevistadas no terceiro trimestre da gestação, puerpério tardio e remoto até o terceiro mês pós-parto. Em geral, efetuaram-se quatro sessões de entrevista com cada puérpera. Os profissionais foram entrevistados com duas sessões por interlocutor (médica realizou uma, por desligamento da equipe), numa etapa avançada da observação participante. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra. O encerramento da coleta atendeu à constatação de saturação. Utilizaram-se três roteiros (observação, mulheres e profissionais). Participantes assinaram termo de consentimento livre e esclarecido. Na análise, constituíram-se cinco conjuntos com os materiais das entrevistas (mulheres e categorias profissionais) e observação. Construíram-se quatro categorias empíricas: características do trabalho, articulação das ações, acolhimento e vínculo. A interpretação considerou o contexto sociocultural e histórico. Resultado: na opinião da equipe a visita compete às ACS e enfermeira, os casos clínicos sem gravidade à enfermeira e os complexos à médica. As ACS e a enfermeira criticam omissão médica frente à visita. Existe um fluxo para articular os diferentes trabalhos, mas a falta de discussão dos critérios de risco aumenta a percepção das ACS de que profissionais menoscabam o cuidado puerperal. A comunicação visa instrumentalizar ações e ACS se sentem pouco à vontade com a médica. Não há oferta de consulta puerperal. Há baixa frequência da visita na primeira semana pós-alta. As mulheres mostram insatisfação com falta de VD no pós-parto imediato, ausência da médica/enfermeira, intervalo entre VD, falta de priorização e difícil acesso à consulta médica. As ações executadas, sobretudo por ACS e enfermeira, focam-se no bebê. Quase não há exame físico e anamnese das mulheres, que consideram orientações insuficientes, tendem a calar as demandas e desejam escuta e diálogo. As ACS identificam barreiras ao acesso. Conclusão: a falta de um projeto assistencial comum reforça o distanciamento e justaposição de ações na equipe, reiterando o perfil tradicional do cuidado puerperal que a ESF busca modificar. As barreiras para o acesso e as limitações técnicas e relacionais do atendimento prestado, sem executar as ações previstas para a puérpera, mostram a necessidade de transformações nas concepções e práticas da equipe para aumentar a visibilidade da mulher e qualificar o cuidado nessa fase do ciclo gravídico-puerperal.pt_BR
dc.language.isopt_BRpt_BR
dc.subjectperíodo pós-partopt_BR
dc.subjectsaúde da mulherpt_BR
dc.subjectatenção primária à saúdept_BR
dc.titleCuidado no puerpério: percepções e práticas de mulheres e da equipe de saúde da famíliapt_BR
dc.higia.programDoutorado em Saúde Integralpt_BR
dc.higia.tipoTesept_BR
dc.higia.pages106 fpt_BR
dc.higia.orientadorSouza, Ariani Impieri de-
dc.higia.areaAvaliação de políticas, programas e projetos de saúdept_BR
dc.higia.pesqAvaliação de programas e serviços de saúdept_BR
Aparece nas coleções:Doutorado em Saúde Integral

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