Prevalência de depressão em idosos com câncer em hospital de referência do Recife

Abstract

Introdução: O envelhecimento populacional culminou na transição demográfica e epidemiológica, ocasionando ascensão da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, sobretudo do câncer. Esse diagnóstico implica em maior risco de depressão, com impactos emocionais e repercussões na qualidade de vida. O prejuízo na autonomia propicia aumento da mortalidade, hospitalização e maiores custos em saúde. Objetivo: Avaliar a prevalência de depressão em idosos com câncer, correlacionando a diferentes variáveis. Método: Realizou-se um estudo de corte transversal inserido em uma coorte de idosos com câncer no Serviço da Oncogeriatria do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP). Na admissão no estudo foram avaliadas variáveis sociodemográficas e clínicas. Mensurou-se a depressão e a demência através de instrumentos validados. As informações armazenadas no banco de dados, fornecido pelo pesquisador âncora, foram analisados no Stata. Resultados: A prevalência de risco de depressão na amostra foi 34%. Ser do sexo feminino aumentou o risco de depressão em 39%, possuir metástase ao diagnóstico em 34% e ser dependente em dois ou mais domínios em 42%, controlados pela idade, sítio tumoral e Mini-Mental. Conclusão: A prevalência de depressão nos pacientes oncológicos do IMIP apresenta relevância e está associada ao sexo, presença de metástase ao diagnóstico e dependência em dois ou mais domínios na escala de Katz.