Situação nutricional de crianças com aleitamento materno exclusivo por mais de seis meses versus crianças com outras práticas de amamentação no Estado de Pernambuco: um estudo exploratório

Abstract

Objetivo: Comparar a situação nutricional de crianças com aleitamento materno exclusivo (AME) por mais de seis meses versus crianças com outras práticas de amamentação no estado de Pernambuco, em 2006. Método: Estudo transversal, exploratório com 685 crianças (39 em AME > 6 meses e 646 com outras práticas de amamentação). Situações de “deficit” antropométrico foram consideradas por valores < - 2 no escore Z, anemia avaliada por hemoglobina (Hb) < 11 g/dL, e níveis deficiente/baixos de vitamina A por retinol sérico < 1,05 μmol/L. Aplicados testes chi-quadrado de Pearson, Exato de Fisher e T de Student, considerando significância estatística p < 0,05. Resultados: Não ocorreram casos de “déficit” antropométrico nas relações de peso/altura, peso/idade e índice de massa corporal (IMC) no grupo de crianças em AME > 6 meses, enquanto no grupo de comparação sua ocorrência foi em torno de 0,5%. Na relação altura/idade, a ocorrência de “déficit” antropométrico foi em torno de 2,6% nos dois grupos. Na relação peso/altura e no IMC, os resultados variaram de 28,7% a 31,9% para excesso de peso. Retinol sérico < 1,05 μmol/L foi encontrado em 1 criança no grupo AME > 6 meses e em 2 no grupo de comparação. A anemia ocorreu em torno de 60% nos dois grupos. As médias de Hb, retinol sérico, peso e altura foram similares entre os dois grupos. Todos os testes apresentaram valores p > 0,05. Conclusão:As crianças que se mantiveram em AME após os seis meses de vida apresentaram situação nutricional equivalente as crianças com outras práticas de amamentação.