Avaliação do programa de controle de infecção hospitalar (PCIH) no âmbito pediátrico

Abstract

Introdução: O Programa de Prevenção e Controle das Infecções Hospitalares (PCIH) foi elaborado com vistas à redução máxima possível da incidência e da gravidade das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Para que seja efetivo é necessário monitorá-lo e avaliar seus indicadores com base nas características das populações atendidas. Objetivos: Elaborar o Modelo Lógico e a Matriz de Indicadores, validar e avaliar a implantação do PCIH no âmbito hospitalar pediátrico. Métodos: Estudo avaliativo do tipo análise de implantação relacionando o grau de implantação aos efeitos, realizado no período de março de 2017 a fevereiro de 2019. Baseado no referencial da Organização Mundial de Saúde e do Programa da ANVISA (portarias e leis) construiu-se a versão preliminar do Modelo Lógico e da Matriz de indicadores e julgamento os quais foram submetidos à técnica de consenso por especialistas para validação de conteúdo. Elaborou-se um formulário de entrevistas direcionado aos enfermeiros e um checklist para observação direta para coleta dos dados. A versão final, contém as dimensões Estrutura, Processo e Resultados e os componentes, Vigilância à Saúde (Epidemiológica e Sanitária), Monitoramento e Feedback, Protocolos Guias de Orientação e Educação Permanente. Estudo de caso único, realizado na pediatria do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP) e como unidades de análise as enfermarias e Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Fez-se a avaliação normativa das dimensões estrutura e processo com os dados digitados em planilha eletrônica Excel®, na qual foi realizada a análise e classificação do Grau de Implantação, que foram relacionados aos indicadores de efeitos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IMIP sob o no 79709517.0.0000.5201. Resultados: O Grau de Implantação do Programa de Controle de Infecção Hospitalar foi considerado como implantado no âmbito pediátrico (87,8%). Na análise dos componentes a Vigilância Epidemiológica (89,9%), Vigilância Sanitária (99%), Monitoramento e Feedback (91,7%), Protocolos e Guias de Orientação (82,5%) classificados em implantados; porém, a Educação Permanente (44%), não implantado. Verificou-se coerência entre o GI e indicadores de resultado, estes melhores quanto maior o GI. Conclusão: o modelo correspondeu à lógica do Programa e respondeu aos objetivos da avaliação, encontrando-se implantado. Que precisa de mais investimento dos profissionais na Educação Permanente para que se reduza a incidência das IRAS e reforça-se a manutenção da prática de avaliação nas Comissões de Controle das Infecções Hospitalares. O PCIH, do Ministério da Saúde e OMS, deve ser aplicado em todos os setores hospitalares, acrescentando-se os cuidados com alguns itens específicos da pediatria, tais como mamadeira, chupetas, brinquedos, incubadoras/berços, que fazem a diferença na vigilância dos indicadores.