Dor, depressão e funcionalidade em pacientes oncogeriátricos hospitalizados: um estudo transversal

Abstract

Com o envelhecimento populacional, os tumores malignos passaram a apresentar alta incidência e ser a segunda causa de morte em idosos. Dentre os sintomas presentes nos pacientes oncogeriátricos dor, depressão e dependência funcional merecem uma abordagem ampliada. A dor, considerada por muitos idosos como parte do envelhecimento ou da doença oncológica, merece ser devidamente avaliada através de instrumentos uni e multidimensionais. Assim como a dor, a depressão também é um sintoma assaz prevalente, subdiagnosticada e subtratada e, seus sintomas ocasionam impacto negativo na vida de pacientes e familiares, dentre os quais podemos elencar a piora na funcionalidade. Diante desse cenário, foi realizado um estudo transversal objetivando avaliar a prevalência de dor depressão e funcionalidade em pacientes oncogeriátricos hospitalizados em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACOM), utilizando como instrumento um questionário contendo informações sobre o perfil clínico e sócio econômico e instrumentos para avaliação da dor, depressão e funcionalidade. Após aplicação dos critérios de exclusão, avaliou-se 126 pacientes, com idade média de (69,0±7,30), com predomínio do sexo masculino (57,9%), com o tipo de câncer de pulmão o mais frequente. Da amostra, 65,1% referiram sentir algum tipo de dor, 31,7% apresentaram sintomas depressivos e 52,4% eram pendentes. Ocorreu associação estatisticamente significativa entre depressão e dor forte (p<0,05). Conclui-se que os sintomas ágicos e depressivos, necessitam de inclusão rotineira na avaliação do paciente oncogeriátrico desde o diagnóstico e, que a funcionalidade é um importante norteador do manejo oncológico.