Avaliação da Qualidade de Vida de Pacientes com Câncer de Colo Uterino Tratadas com Radioterapia, no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, Recife, Brasil

Abstract

Resumo: Introdução: O câncer de colo uterino é um grave problema de saúde pública mundial, sendo que 85% da mortalidade por essa doença concentram-se nos países em desenvolvimento. A radioterapia, uma das modalidades utilizadas no tratamento do câncer de colo uterino, pode provocar efeitos adversos capazes de comprometer a qualidade de vida das pacientes. Objetivos: avaliar a qualidade de vida das pacientes tratadas com radioterapia em um hospital de ensino e pesquisa no Nordeste do Brasil além de traçar o perfil sociodemográfico dessas pacientes. Método: foi realizado um estudo exploratório longitudinal do tipo antes-depois, com 34 mulheres com câncer de colo uterino tratadas com radioterapia adjuvante, exclusiva ou concomitante à quimioterapia, no Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira- IMIP, no período de agosto de 2011 à janeiro de 2012. A qualidade de vida foi avaliada através do questionário FACT-Cx (Functional Assessment of Cancer Therapy-Cervix) na primeira e na última semana do tratamento e as características sociodemográficas e clínicas foram obtidas através de um formulário elaborado para esse fim. Os escores médios de qualidade de vida correspondentes ao momento pré-tratamento e à última semana do tratamento foram comparados através do teste t de Student para amostras pareadas, admitindo-se nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisas do IMIP (nº2430/11) e todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: a média de idade das mulheres foi 50 (±13,9) anos. A maioria era solteira ou viúva (58,8%) e apenas 2,9% estavam empregadas. Cerca de 75% eram analfabetas ou haviam cursado apenas o ensino fundamental.A média dos escores FACT-Cx pré-tratamento foi de 110,9 e na última semana foi de 110,8, sem diferença estatisticamente significativa entre elas (p=0,966). Conclusão: a ausência de diferença entre as médias dos escores de qualidade de vida obtidos no pré-tratamento e na última semana, é uma indicação de que o mesmo não interferiu na qualidade de vida destas mulheres.